19 outubro 2009

Nem todas Saramago, nem todas!!!

José Saramago afirmou que “a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”.

Sr Saramago, como católico que sou, não poderia estar mais em desacordo consigo. Manifesto o meu repúdio perante tais declarações, e fique já sabendo que não vou ler o seu novo livro "Caim" - Só mesmo você para se lembrar de pôr o nome a um livro, que nos faz logo lembrar um cão a ganir depois de levar uma pedrada nas patas, - "Caim..., caim..."

Mas fique você sabendo que ainda existem Bíblias boas. Não??? Ai há, há!!!



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3 comentários:

Anónimo disse...

Acho que na forma e no seu estilo próprio, o que disse José Saramago, teve foi o condão de espevitar o interesse geral pela temática da religião monoteísta.

Não sei se a ideia foi a promoção (de forma activa e ofensiva para as três grandes religiões) da ficção do seu novo livro, com a afirmação de cobras e lagartos sobre o LIVRO. Sabemos que a Bíblia não é um único livro, mas vários, escritos por autores que viveram em épocas diferentes (com regimes políticos e desenvolvimento díspares) focados na ideia de passar a Boa Nova sobre o período de acção de dispares actores activos nomeadamente: os profetas, as tribos, Moisés, Cristo e os seus apóstolos e Maomé.

Das muitas “Boas Novas” escritas, alguém as seleccionou, outros as legitimaram. Em nome da fé e fanatismo muitos morreram em guerras sem sentido. No LIVRO revela-se o homem perverso, mas também o bom. Também sabemos que o poder político de Roma se apropriou da “nova religião” e a fez lei do Estado e que ao longo dos séculos a “palavra” da Bíblia foi instrumentalizada para fins políticos e de conquista. Lembremo-nos das guerras provocadas nas Cruzadas, nas perseguições sanguinárias (Santa Inquisição) no espaço europeu e na imposição política da nova religião a outros povos (nos Descobrimentos) por Portugal e Espanha.

A hierarquia católica interditava o acesso da Bíblia (escrita em latim) até à bem pouco tempo aos fiéis católicos, deixando aos padres a sua interprepação nos serviços religiosos (ex. Missa). Historicamente devemos ao movimento protestante cristão, a leitura e sua interpretação o que legou à contestação do poder papal e as suas repercussões na Contra-Reforma por parte da Igreja católica.

Hoje a igreja católica, mais fraca, está em diálogo com as outras igrejas monoteístas, o que por si só, já é positivo. Se já não temos o fanatismo religioso na Europa, convem não esquecer que há ainda países que não é assim.

Neste sentido, acho positivo as palavra de Saramago, por incentivar as pessoas a se questionar, a ler e a discutir o sentido da vida, mas sem violência, extremismos e guerras.
Mas queiramos nós também, no ano de 2009, atirar o escritor para as labaredas da inquisição ! Esse tempo, nunca mais !

Lara disse...

A biblía é um livro que muitos consideram regulador do que "parece bem/parece mal" que ao contrário de muitos apresenta várias incongruências e relatos sem sentido. No entanto para quem tem entranhada a "fé" nenhuma crítica, mesmo que construtiva, vai abalar a crença nos ensinamentos. Eu tenho fé num ser superior (não lhe dou nome), acredito em muito do que se diz no catolicismo mas sou contra as missas e os padres, não propriamente contra a bíblia...

Ana Guedes disse...

A fé está em cada um de nós.
Ler um livro destes não nos fará mal algum.
Ainda não li, vou ler depois assim poderei falar sobre ele.
até lá beijokas

Catanices muita lindas:

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