José Saramago afirmou que “a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”.
Sr Saramago, como católico que sou, não poderia estar mais em desacordo consigo. Manifesto o meu repúdio perante tais declarações, e fique já sabendo que não vou ler o seu novo livro "Caim" - Só mesmo você para se lembrar de pôr o nome a um livro, que nos faz logo lembrar um cão a ganir depois de levar uma pedrada nas patas, - "Caim..., caim..."
Mas fique você sabendo que ainda existem Bíblias boas. Não??? Ai há, há!!!
Sr Saramago, como católico que sou, não poderia estar mais em desacordo consigo. Manifesto o meu repúdio perante tais declarações, e fique já sabendo que não vou ler o seu novo livro "Caim" - Só mesmo você para se lembrar de pôr o nome a um livro, que nos faz logo lembrar um cão a ganir depois de levar uma pedrada nas patas, - "Caim..., caim..."
Mas fique você sabendo que ainda existem Bíblias boas. Não??? Ai há, há!!!
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3 comentários:
Acho que na forma e no seu estilo próprio, o que disse José Saramago, teve foi o condão de espevitar o interesse geral pela temática da religião monoteísta.
Não sei se a ideia foi a promoção (de forma activa e ofensiva para as três grandes religiões) da ficção do seu novo livro, com a afirmação de cobras e lagartos sobre o LIVRO. Sabemos que a Bíblia não é um único livro, mas vários, escritos por autores que viveram em épocas diferentes (com regimes políticos e desenvolvimento díspares) focados na ideia de passar a Boa Nova sobre o período de acção de dispares actores activos nomeadamente: os profetas, as tribos, Moisés, Cristo e os seus apóstolos e Maomé.
Das muitas “Boas Novas” escritas, alguém as seleccionou, outros as legitimaram. Em nome da fé e fanatismo muitos morreram em guerras sem sentido. No LIVRO revela-se o homem perverso, mas também o bom. Também sabemos que o poder político de Roma se apropriou da “nova religião” e a fez lei do Estado e que ao longo dos séculos a “palavra” da Bíblia foi instrumentalizada para fins políticos e de conquista. Lembremo-nos das guerras provocadas nas Cruzadas, nas perseguições sanguinárias (Santa Inquisição) no espaço europeu e na imposição política da nova religião a outros povos (nos Descobrimentos) por Portugal e Espanha.
A hierarquia católica interditava o acesso da Bíblia (escrita em latim) até à bem pouco tempo aos fiéis católicos, deixando aos padres a sua interprepação nos serviços religiosos (ex. Missa). Historicamente devemos ao movimento protestante cristão, a leitura e sua interpretação o que legou à contestação do poder papal e as suas repercussões na Contra-Reforma por parte da Igreja católica.
Hoje a igreja católica, mais fraca, está em diálogo com as outras igrejas monoteístas, o que por si só, já é positivo. Se já não temos o fanatismo religioso na Europa, convem não esquecer que há ainda países que não é assim.
Neste sentido, acho positivo as palavra de Saramago, por incentivar as pessoas a se questionar, a ler e a discutir o sentido da vida, mas sem violência, extremismos e guerras.
Mas queiramos nós também, no ano de 2009, atirar o escritor para as labaredas da inquisição ! Esse tempo, nunca mais !
A biblía é um livro que muitos consideram regulador do que "parece bem/parece mal" que ao contrário de muitos apresenta várias incongruências e relatos sem sentido. No entanto para quem tem entranhada a "fé" nenhuma crítica, mesmo que construtiva, vai abalar a crença nos ensinamentos. Eu tenho fé num ser superior (não lhe dou nome), acredito em muito do que se diz no catolicismo mas sou contra as missas e os padres, não propriamente contra a bíblia...
A fé está em cada um de nós.
Ler um livro destes não nos fará mal algum.
Ainda não li, vou ler depois assim poderei falar sobre ele.
até lá beijokas
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